Enfrentando chuvas irregulares e temperaturas altas desde agosto, a região das Matas de Minas Gerais e Montanhas do Espírito Santo se prepara para uma previsão de forte queda na safra do próximo ano após um 2020 de bons resultados, conforme relatou o diretor de produção e comercialização da Coocafé, Pedro Araújo, em entrevista ao programa Alvorada Sertaneja (Mania FM 95,5).
“As lavouras ficaram depauperadas porque viemos desse ano de safra alta” – justifica Araújo ao destacar o êxito da produçã em 2020, que superou todas as expectativas. “Além desse fator natural do desgaste, as floradas aconteceram sob condições climática adversas” – destaca. “Na primeira florada, a temperatura estava alta, faltando chuva, e realmente prejudicou muito“ – prossegue. “A segunda florada veio entre o fim de outubro e início de novembro. Conincidiu com muita chuva, o que é bom para a lavoura mas, por outro lado, prejudicou o pegamento da florada” – ressalta Araújo ao esclarecer que o momento ideal pra que a chuva ocorra é antes da florada. “Isso realmente não foi bom para a região” – lamenta.
Essa conjunção de fatores diminui as expectativas para a próxima safra, que deve sofrer queda considerável. “Em função do que a gente tem conversado e os técnicos de campo têm orientado, nossa produção para o ano que vem quebra 40%, porque viemos de uma carga alta, as lavouras estão estressadas, e aconteceram esses fatores climáticos” – prevê o diretor.